Na parashah TERUMA D-us nos fala sobre um tipo específico de oferta, que deveria ou poderia ser trazido por alguns, dentro de certos parâmetros, para um propósito, de acordo com um modelo revelado.
Quem deveria ou poderia trazer a oferta?
Apenas aquele cujo coração o mover para isso.
Ao mesmo tempo que a convocação é abrangente, para todos, é também excludente, pois só atenderiam o chamado aqueles cujo coração os moveria a isso.
Para estes, o poder fazer seria assumido como um dever sagrado em resposta a D-us.
Em tese, todos poderiam, mas na prática, somente estes sentem de coração que deveriam, e assim o fazem.
Quais os parâmetros?
Não qualquer oferta, mas somente aqueles dentre os tipos previamente designados por D-us de metais, tecidos, peles, madeira, azeite, especiarias e pedras.
Qual o propósito?
Fazer um santuário para que D-us pudesse habitar no meio dos filhos de Israel.
Aqui a própia Torah nos dá indícios, mais uma vez, sobre a futura (para nós já pretérita) encarnação do Verbo.
Como seria feito?
De acordo com um modelo celestial, mostrado por D-us a Moisés no monte.
Fazer segundo o modelo revelado é, numa interpretação simples e literal, uma expressão de fidelidade humana.
Mas o modelo também é, e essa talvez seja a mensagem principal, a expressão do mistério de Cristo.
Em Hebreus assume-se que o modelo que foi mostrado a Moisés não era uma miragem, mas o tabernáculo verdadeiro, celestial, erigido pelo próprio D-us.
O santuário terreno tem seu valor por ser figura e sombra do celeste, e por manifestar concretamente a fidelidade de Moisés e dos filhos de Israel ao fazê-lo, de acordo com o modelo, conforme o comando de D-us.
Mas e quanto ao tabernáculo verdadeiro, celestial, não feito por mãos humanas, não desta criação, que serviu como modelo para o terreno?
É justamente neste que Jesus, da tribo de Judá e não de Levi, entra.
E o que ele faz ali?
Uma oferta.
Oferece o sacrifício de si mesmo, seu próprio sangue.
Assim ele obtém eterna redenção.
Para quem?
Para nós, cujo coração foi movido pelo Espírito Santo a crer, pela fé, que a oferta de Cristo, o Filho de D-us que habitou e voltará a habitar corporalmente no meio dos filhos de Israel, foi feita.
Ryby
21/02/23 - 1 Adar 5783