TETSAVE 2023 - 5783

Na parashah TETSAVE D-us nos fala sobre o estabelecimento do ofício sacerdotal em Israel, tendo como principal responsável humano o sumo sacerdote.

Em Israel, porque o ofício sacerdotal de Israel, como reino de sacerdotes e nação santa, já havia sido revelado antes mesmo da entrega da Torah.

D-us designou, dentre as nações, uma nação sacerdotal, Israel. Em Israel, uma tribo separada para o serviço sagrado, Levi. Na tribo de Levi, uma família indicada para o sacerdócio, a Casa de Arão. E entre os descendentes de Arão, um indivíduo consagrado como sumo sacerdote.

E esse sumo sacerdote, pela relevância de seu encargo, deveria usar as vestes sagradas, feitas com ouro, tecidos finos e pedras preciosas, para glória e ornamento.

Chama nossa atenção não apenas a riqueza e a beleza da confecção, mas especialmente o que ali se lê: sobre os ombros e o coração, esculpidos em pedras preciosas, os nomes dos doze filhos de Israel, e sobre a testa, gravado em uma lâmina de ouro puro, Santidade ao SENHOR.

Assim vestido por ter sido designado como sumo sacerdote, ele era constituído por D-us para oferecer sacrifícios pelos pecados, a favor dos homens.

Mas até que ponto um simples homem pode remir outro homem, ou pagar por ele a D-us o seu resgate?

Embora distinguido dos demais por suas vestes sagradas, por ser descendente de Arão e por sua consagração, o sumo sacerdote também era apenas um homem, pecador como qualquer outro filho de Adão, e por isso devia oferecer sacrifícios pelos pecados não somente do povo, mas também pelos seus próprios.

D-us é bom, e Ele mesmo estabeleceu o sistema sacerdotal do antigo Israel como aceitável, porém suas limitações são óbvias.

Os sacrifícios eram feitos em um santuário terreno, que devido a problemas terrenos, foi mais de uma vez destruído.

O sangue de animais, simbolicamente aceitável, não poderia de fato resolver o problema do pecado humano.

A necessidade de repetição contínua desses sacrifícios, dia após dia, ano após ano, já evidenciava seu caráter provisório e temporário.

O sumo sacerdote, por mais impressionantes que fossem suas vestes, era apenas um homem, que também precisava expiação.

Essas limitações já indicavam a necessidade de uma ação sacerdotal mais efetiva.

O mesmo D-us que por graça estabeleceu e aceitou o sistema sacrificial com suas limitações, também soberanamente providenciou seu término.

Historicamente sabemos que isso aconteceu uma geração (aproximadamente quarenta anos) após o sacrifício perfeito oferecido por Jesus, o Filho de D-us, como Grande Sumo Sacerdote.

Jesus é verdadeiramente homem, e verdadeiramente D-us.

Foi tentado em todas as coisas, como nós, mas nunca jamais pecou.

Ele não entrou em santuário terreno, feito por mãos, desta criação, mas no que lhe serviu de modelo, o verdadeiro, no céu, indestrutível.

Não com sangue alheio, de animais, mas com seu próprio sangue.

Não para se oferecer muitas vezes, ano após ano, mas uma vez por todas, aniquilando o pecado pelo sacrifício de si mesmo., obtendo eterna redenção.

Não como apenas mais um homem, mas como Filho de D-us, sua propiciação pelos nossos pecados é perfeita e definitiva.

De fato, Jesus é o fiel sumo sacerdote, divino e humano, que se dá a si mesmo em sacrifício perfeito, para fazer propiciação por nossos pecados.

Ele, e somente ele, é a solução definitiva de D-us para o problema do pecado humano.

Ryby

28/02/23 - 7 Adar 5783

Desde 2004 a serviço de Yeshua HaMashiach